Quem acompanha as notícias do Criptomercado provavelmente já leu sobre histórias de pessoas que perderam grandes quantidades de Bitcoins. Seja em hacks ou então por simplesmente perder carteiras, senhas de acesso e muito mais, a perda de Bitcoins é sempre algo bem triste.
Esses são erros humanos que acabaram causando perdas milionárias. Entre casos em que pessoas perderam suas carteiras, chaves de acesso, caíram em golpes ou foram vítimas de hacks, estima-se que 20% de todo o Bitcoin foi retirado de circulação.
Hoje em dia o cuidado com as criptomoedas por parte dos usuários é muito maior. Afinal de contas elas valem muito dinheiro.
Porém, quando a história do Bitcoin ainda estava começando, as pessoas não tinham tanta preocupação com uma moeda digital que não valia tanto.
Mesmo assim, muitos ficavam arrasados ao perder suas moedas. E hoje devem ficar ainda mais triste ao lembrar da quantidade de dinheiro que deixaram de ganhar.
Mas quem será que foi a primeira pessoa a ter uma grande perda de Bitcoins? Bom para responder essa pergunta, vamos olhar a história de Stone Man, um usuário do BitcoinTalk.
A primeira grande perda de Bitcoins
No começo do Bitcoin a situação era bem diferente da atual.
Existia uma grande quantidade de moedas em circulação, os usuários costumavam trocar moedas entre si de forma mais corriqueira e a tecnologia de armazenamento era rudimentar.
Esses fatores faziam com que alguns usuários, até os mais acostumados, cometessem erros simples. E em meados de 2010, um desses erros aconteceu com, Stone Man, um dos primeiros usuários do Bitcoin.
“Perdi um grande número de bitcoins”, lia o título em seu post publicado em 10 de agosto daquele ano.
O incidente ocorreu um dia antes da publicação, depois que Stone Man tinha comprado 9.000 BTC na primeira exchange do criptomercado e depois tentou enviar uma moeda da carteira para outro endereço.
A transação, que pode ser vista aqui, mostra que Stone Man alcançou esse objetivo.
O que não dá para ver é o que aconteceu logo em seguida a transação. O usuário do fórum descreveu a sequência de eventos naquele fatídico dia:
- Comprei 9.000 BTC em uma exchange;
- Transferi as moedas para o meu cliente rodando em uma distro do Linux com o CD live do Debian.
- FIz o backup do arquivo da carteira em uma unidade flash.
- Enviei 1 BTC para mim
- Fechei o cliente antes de qualquer confirmação
- Desliguei o sistema (disco do sistema limpo carregado na memória e, portanto, a pasta ./bitcoin)
- Backup do sistema carregado
- Arquivo wallet.dat antigo copiado para a pasta ./bitcoin
- Depois que algumas confirmações apareceram, o saldo era de 1 BTC e houve uma transação dizendo que eu gastei 8.900 BTC em um endereço que não reconheci
O que Stone Man fez de errado?
Difícil entender o que aconteceu? Bom, inicialmente basta saber que foi um erro por parte de Stone Man. Porém, todo esse processo realizado é realmente bem diferente da facilidade que temos hoje em dia nas transações de Bitcoin.
Porém, o que aconteceu foi que: Como o BTC usa um conjunto UTXO, sempre que você envia uma transação, o restante não gasto, conhecido como “troco de output”, é salvo em um endereço separado.
Atualmente, esse endereço é automaticamente incluído na carteira de Bitcoin existente do remetente, sem exigir nenhuma ação extra a ser tomada.
No caso de Stone Man, essa informação acabou ficando com outro endereço. Mas por que o troco foi tão alto? Bom, como o próprio Satoshi explicou na época:
“O Bitcoin não costuma esvaziar sua carteira a cada transação. Ele usa o menor conjunto de moedas que pode encontrar para acrescentar ao valor [da transação]. Nesse caso, infelizmente, a carteira dele tinha uma única ‘nota’ de 9000 BTC, por isso a rede teve que quebrar o valor para ter 1BTC e gerou 8999 de troco.”
E como já sabemos, esses 8999 foram para um endereço que não tinha nada a ver com Stone Man. Nisso, ele perdeu essa quantia em Bitcoin, na época a maior perda da história.
Hoje essa quantidade de moedas teria valor aproximado de US$100 milhões. Ou seja, Stone Man deve ter ficado bem injuriado com o que aconteceu.
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